ESFINGE
(Carlos Borges)
Você me vê assim tão calmo,
sorriso largo medido a palmo,
às vezes quieto, às vezes manso,
águas profundas do meu remanso.
Vê minha face, mas não o ego.
Sou uma esfinge, isso não nego.
Sou a metade que, sim, procura
um'outra alma na noite escura.