Fi-lo, porque sofia!
Eu lanço em rosto a podridão do mundo
Posto que o enxergo sem a maquiagem.
Anatomicamente esta miragem
Disseco com um bisturi profundo.
Arrojo pelos ares num segundo
E num segundo uma besta selvagem
Aniquila tudo; a cartilagem,
A córnea e seu intestino moribundo.
Ao contato, contaminado, espirro
A acatalepsia que pregou Pirro
Co'a mesma retina de Baudelaire.
De Haeckel, a teoria monista
leio. E com a forma de um byronista
Escrevo a poesia que vier.
(Carlos Jazz)