Não me defina pelo que escrevo. Não me defina pelo que penso. Não me defina pelo que você pensa, ou pelo que pensa do que escrevo. Definir-se é limitar-se, é diminuir a potencialidade que há em ser. Deixe-me ser, seja e veja simplesmente; não entenda, não me entenda, não quero ser entendido.
Não quero parecer ter respostas, mas propor perguntas: só a falta de conclusões traz novos pensamentos. Cansei de horizontes contornados, de retas encontrando-se no infinito: quero o infinito infinito, o horizonte sem forma, cor, e inalcançável. Quero todo sentimento novo de novo, toda dor que vier e todo riso: o ar que toca os dentes já não é mais o mesmo. Nenhum dia o é, e a inevita