De pé, oh vÃtimas da fome
De pé, famélicos da terra
Da idéia o povo já consome
A crosta bruta que a soterra
Cortai o mal bem pelo fundo
De pé, de pé, não mais senhores
Se nada somos em tal mundo
Sejamos tudo, oh produtores
Messias, Deus, Chefes Supremos
Nada esperamos de nenhum
Unamos forças e tornemos
A terra-mãe, livre e comum
Para não termos protestos vãos
Para sairmos deste antro estreito
Façamos nós por nossas mãos
Tudo o que a nós nos diz respeito
Crime de rico a lei encobre
O Estado esmaga o oprimido
Não há direitos para o pobre
Ao rico tudo é permitido
À opressão não mais sujeitos
Somos iguais a todos os seres
Não mais deveres, sem direit