“Não peço que tire os sapatos, ao entrar na minha casa. Ou seria minha vida? Entenda como quiser. Peço que tire a máscara e a armadura. Pode deixar ali naquele cantinho, devolvo na saÃda. Prometo. E não me venha com silêncios ou imobilidades. Nada de recuos ou fugas. Apenas entregue-se. Aqui, o durante, é que importa. O antes e o depois você resolve lá fora, cadeira do analista, bar com amigos, tanto faz. Aceite as falhas, engula a pressa. E não me peça para escutar as coisas que você não diz. Não leio mentes, não faço jogos. Me aceita, me abraça e me recebe. Deixa alguma marca, cria alguma história.Sou uma mistura de aço e gelo. Adicione um pouco de vodka. E sirva-se.