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Saquarema

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És musa, és bela, divina: Disfarças teus dotes de deusa Nessas vestes de menina... Os olhos tão lindos, escuros Revelam o brilho dos sonhos, Sonhos que a trazem desperta. A boca que questiona, Inquire, opina, retruca, É intérprete da alma inquieta. Mas se rasga-lhe o véu da beleza, De moça bonita, qualquer, Se transpassa-lhe as vestes do tempo Que a fazem tão linda e mulher, Chega-se à essência do ser, À beleza sem apelos, À vida em efervescência, Ao amontoado de sonhos, De vícios consolidados, De carências, de virtudes, De medos (mal) censurados. Trazes luz no teu sorriso A luz que dás e precisas... És fonte de luz e de brisa Que vão se mesclando: L