Há certas horas em que não precisamos da paixão desmedida, não queremos beijo na boca, e nem corpos a se encontrar na maciez de uma cama. Há certas horas, que só queremos a mão no ombro, o abraço apertado ou mesmo o estar ali, quietinho, ao lado, sem nada dizer. Há certas horas, quando sentimos que estamos pra chorar, que desejamos uma presença amiga, a nos ouvir paciente, a brincar com a gente, a nos fazer sorrir,alguém que ria de nossas piadas sem graça, que ache nossas tristezas as maiores do mundo, que nos teça elogios sem fim, e que apesar de todas essas mentiras úteis, nos seja de uma sinceridade inquestionável, que nos mande calar a boca ou nos evite um gesto impensado,