Faz tempo que não me permito distorcer linhas
reconstruir espaços
transladar em palavras remotas.
faz tempo que o mundo não me é o mesmo
os dias não me são suficiente
e as noite me são tão distantes.
não sei mais por onde ir pelos afora corredores
pelos adentro e amores.
Por entre estradas sem destino,
não quero mais calar meus pensamentos;
me ilusionar com cartolas de coelhos
com descolar qualquer dos meus receios.
Me faço em mim como me faço em dois
me dói em mim que destruo depois as todas quaisquer páginas
os versos e os passos, palavras escada abaixo!