Acordei hoje com vontade de fogo.
Não era frio, mas sim fome.
Não era o fogo-fátuo azulado das decomposições.
Ou do braseiro, todavia acesso, das desilusões
Valha-me, não era fogaréu de fornalha,
Que queima circunspecto em tijolos já longo chamuscados.
Não vinha de chama antiga de alguma paixão.
Nem fogueira de aconchego de rufião.
Mas tampouco me pareceu incêndio.
Ameaça iminente de eminente dragão.
Certamente não era tocha a iluminar caminho.
Ou lava incontrolável das entranhas de um vulcão.
Seria meu fogo o dos malabares?
Que não serve para aquecer, iluminar ou espantar o cão?
Mas tal qual artifÃcio, baila, brinca, voa pelos ares.
Até, empanzi