Bem, sou uma pessoa solitária. Gosto de caminhar pelas ruas ensaiando novos ritmos para o meu andar. Gosto de tomar calmamente um café para ir ingerindo novos pensamentos, mas gosto de conversar e desbravar novos indivÃduos, e é evidente a explosão de vivacidade que toma conta de meus olhos quando acontecem os raros encontros de almas (muito raros mesmo), e me deixo conduzir pela música do vento, deixo que ela seque minhas lágrimas e bagunce minhas idéias – pura distração. Sempre fui solitário e por isso não tenho medo da solidão: minha solidão me é cara – e talvez este seja apenas fruto de mais um erro da minha juventude.