é melhor doer do que não sentir nada *
Os fins são sempre difÃceis, bater a porta, pegar nas fotografias, nas cartas, nos segredos, nos desejos e atirar tudo para dentro de uma caixa, fecha-la e atirar a chave para o mar, depois resta – nos chorar, chorar de alÃvio e de dor, chorar porque acabou e chorar porque um novo ciclo se inicia e não sabemos o que vai acontecer.
Resta – nos, esquecer o cheiro, o eco da voz, as corridas matinais, as cartas, os segredos, a cama que partilhamos, os gritos suspensos no ar (…) resta – nos perdermo-nos no nosso quarto, no álbum de fotografias, na memoria, nas entrelinhas do diário, no cantar dos pássaros que inconscientemente sussurra