Trilho meu caminho por linhas sinuosas
Numa razão inversamente proporcional a lógica
Tenho meu cabelo, mas dispenso espelhos
Em dias de chuva me escondo no silêncio da arte
Quando aparece o sol por vezes sou só
Da música sou o acorde maior, mas ninguém tem dó de mim
Ligo o rádio na estação errada e enxergo tudo colorido
O relógio não me apressa namoro as estrelas enquanto corro pro mar
Fizeram-me um César, sou por direito imperador do meu destino,
Aprendi isso em um livro escrito em prosa e faço da minha vida verso
E se ainda assim eu te pareço estranho, talvez eu seja caricatura em braile
Feche seus olhos, fique cego pro mundo, toque-me…
Então poderá me decifrar!
R.F.