Um gaúcho na cidade, mas ...
Os meus defuntos eu lavo
Quem vê estampa não enxerga o cerne
Podem ser simples, mas ninguém é grosso.
Eu os entendo, sou do mesmo saco
Ainda hoje uso o mesmo cocho.
Tem seus defeitos essa minha gente
E mais que isso sua própria estrada.
Um jeito simples de levar a vida
Num tranco de mula, manca e estropiada.
Os meus defuntos eu lavo.
Quem pariu tem que embalar.
E da minha rude gente, criada pelas macegas,
Só eu que posso falar.
Tem algum que é caborteiro,
Lombo liso eu não dou folga.
Outros que de tão matreiros
Eu pego e taco na soga.
Quando alguém pega o rumo
Ao se esconder ou gauderiar
Pode contar que no rancho