Mulher Gaúcha
Eu sou o Galpão nativo
na tradição da querência
O calor do fogo de chão
no doce reminiscência
sou lembranças e saudades
sou um suspiro de ausência.
Sou o grito do quero-quero
a simples flor da campina
sou a mulher, sou menina
eu represento este pago
o sereno e a neblina
eu sou carinho e afago.
Sou seiva do mate-amargo
um rancho a beira da estrada
cheio de hospitalidade
a minha querência amada
um grito de "ô de casa!
dizendo ... "estou de chegada".
Eu sou a chuva caindo
molhando as plantas gretadas
o sol ao amanhecer
sereno nas madrugadas
o som de uma acordeona
nas noites enluaradas.
Sou inspiração do poeta
que em suas rimas me encanta
e o pó que se levanta
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