Ainda pior
que a convicção
do não e a incerteza do talvez é a desilusão
de um quase.
É o quase
que me incomoda,
que me entristece, que me mata trazendo tudo que poderia
ter sido
e não foi.
Quem quase
ganhou ainda joga, quem
quase passou ainda estuda, quem quase morreu está vivo,
quem quase amou não amou.
Basta pensar
nas oportunidades que
escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por
medo, nas
idéias que nunca sairão do papel por essa maldita
mania de viver no outono.
Pergunto-me,
às vezes, o que
nos leva a escolher uma vida morna; ou melhor não me
pergunto,
contesto. A resposta eu sei de cór, está estampada
na distância e friez