"Não houve, pois, tempo algum em que não tivesses feito
alguma coisa, porque tinhas feito o próprio tempo. E nenhuns tempos
te são co-eternos, porque tu permaneces o mesmo; ora, se os tempos
permanecessem os mesmos, não seriam tempos. Que é, pois, o
tempo? Quem o poderá explicar facilmente e com brevidade? Quem
poderá apreendê-lo, mesmo com o pensamento, para proferir uma palavra
acerca dele? Que realidade mais familiar e conhecida do que o
tempo evocamos na nossa conversação? E quando falamos dele, sem
dúvida compreendemos, e também compreendemos, quando ouvimos
alguém falar dele. O que é, pois, o tempo? Se ninguém mo pergunta,
sei o que é; mas se quero explicá-l