Lá vou eu
E desse jeito eu vou
Vou fazer da minha escola
O retrato do que eu sou
Sou o pobre assalariado
Sem dinheiro, abandonado estou
No hospital sou sempre mal tratado
É fila pra todo lado
É o trem lotado, ônibus, metrô
É a fome matando gente
Falta d’água, é enchente
O dia-a-dia é difÃcil de ganhar
Eu levo a vida verdadeira de um sambista
Que faz das tripas coração pra desfilar