Um corpo carregado de ancestralidade, como todos os outros corpos. Meu pai sorrindo pela minha boca, minha mãe indagando pela minha sobrancelha esquerda, minha avó dançando pelos meus pés.
Eram aquele sorriso e aquela gargalhada provocados repetidamente a moldar os músculos das minhas bochechas. Era aquele modo de andar de minha mãe, jogando meus joelhos para dentro e os quadris para fora. Sentimentos e estados de outros, quantos moldaram meu corpo e meu rosto, no exercÃcio diário de aprender e imitar!
O baile dos antepassados se renova a cada movimento meu.
Sabe lá quantos choram pelas minhas lágrimas quando eu me emociono!