Metido a poeta e cronista, jornalista e fotógrafo.
Serifa
As mãos deixam transparecer
O nervosismo com dormência.
Tensão que desliza
Por meus nervos
Em gotÃculas de suor.
Cada uma delas
Carrega súplicas
E dúvidas.
Pesadas, frias
Caem por todo
Poroso tecido, distintas...
Como se o descrever
Tornasse o momento
Mais colérico;
Como se as pontas
Das letras fossem afiadas;
Como se não só no papel
Fossem cravadas,
Mas fincassem em mim
A cada água suada,
A cada letra grafada,
A cada verso formado,
A cada poema escrito,
A cada verdade declarada,
Pois elas não se pertencem
A mim tampouco;
Elas são suas
E em algum momento,
Cantarão para você.
Hug