“De tardezinha, minhas observações se parecem com cenas de novela. Tudo pausado, e entre uma cena e outra cabe apenas um piscar de olhos. Estou olhando as ruas, os lugares, as pessoas, grandes árvores fincadas no chão. Tudo é história, todos somos histórias, e carregamos nosso chão, nossa consciência, nossos sonhos e nosso desejo de onipotência. Nós tememos, nós também padecemos, nós choramos, às vezes, sem razão, mas choramos.
É inútil julgar as pessoas porque todos somos no fundo de tudo, iguais. E carregamos nossa bagagem, nossa rotina, nossas decepções, nossa fuga para a Terra do Nunca. Somos nossa força e nossa própria fraqueza. Somos fantasia, memória, infânc