Para tudo que vivi
Não me faltou vontade
Para tudo que desejo
Não me falta coragem
Meu coração clandestino
Segue a sua viagem
Em seu barco sem destino
Está sempre de passagem
Em um cais, em um porto
Em alguma tempestade
No imenso mar da solidão
Iça as velas com a saudade
Sabe que agora é escuridão
Mas que em frente há claridade
Que há sol na imensidão
É o caminho da liberdade
Nele meu coração se completa
Nem inteiro, nem metade
É a vida de um poeta que se afoga
No mar do amor que vive com intensidade
Navegante
De Louise Mara