Eu
escrevo para nada e para ninguém. Se alguém me ler será por conta
própria e auto-risco. Eu não faço literatura: eu apenas vivo ao correr do
tempo. Há tantos anos
me perdi de vista que hesito em procurar me encontrar. Estou com medo
de começar. Existir me dá às vezes tal taquicardia. Eu tenho tanto medo de
ser eu. Sou tão perigosa. Me deram um nome e me alienaram de mim.