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Duque de Caxias, Rio de Janeiro

Eu sou, os brinquedos que brinquei, as gírias que usei, os segredos que guardei. Sou a minha praia preferida, aquele amor atordoado que vivi, a conversa séria que tive um dia com meu pai, sou o que eu lembro. Sou a saudade que sinto do meu avô, a infância que eu recordo, a dor de não ter dado certo, de não ter falado na hora, a emoção de um trecho de livro, a cena que me arrancou lágrimas. Eu sou o abraço inesperado, a força dada para o amigo que precisa, a sensibilidade que grita, o carinho, o que eu vivo. Sou a raiva de não ter alcançado, a impotência de não conseguir mudar, o desapontamento com o governo, o ódio que tudo isso dá. Sou o que ninguém vê.