Ah, quem me salvará de existir? Não é a morte que quero, nem a vida: é aquela outra coisa que brilha no fundo da ânsia como um diamante possÃvel numa cova a que se não pode descer. É todo o peso e toda a mágoa deste universo real e impossÃvel, deste céu estandarte de um exército incógnito, destes tons que vão empalidecendo pelo ar fictÃcio, de onde o crescente imaginário da lua emerge numa brancura elétrica parada, recortado a longÃnquo e a insensÃvel...
B. Soares