"Sempre chega a hora da solidão
Sempre chega a hora de arrumar o armário
Sempre chega a hora do poeta a plêiade
Sempre chega a hora em que o camelo tem sede.
O tempo passa e engraxa a gastura do sapato
Na pressa a gente não nota que a Lua muda de formato
Pessoas passam por mim pra pegar o metrô
Confundo a vida ser um longa-metragem
O diretor segue seu destino de cortar as cenas
E o velho vai ficando fraco esvaziando os frascos
E já não vai mais ao cinema.
A idade aponta na falha dos cabelos
Outro mês aponta na folha do calendário
As senhoras vão trocando o vestuário
As meninas viram a página do diário.
O tempo faz tudo valer a pena
E nem o erro é desperdÃcio
Tudo cresce e o