Mesmo que tardia a dor que não falha;
Dissipa-se e me ignora;
Mata-me e esnoba qualquer fagulha de sentimento monótono;
É uma guerra e sobressaltos de vozes há aquela que chora que vive mais que morre;
Que desespera e aflige que foge;
Foge pra dentro de mim;
A outra que grita que me embriaga me consome;
Fujo de mim, encontro o meu avesso, não existe trégua;
Rendendo-me ao desertor, na incerteza de existir;
O destino se prolonga na única esperança de quem amou;
De quem se cala, que não brindou;
De quem ama o que eu nem sou.
Diêgo Fernandes