''Eu me lembro que quando eu tinha 10 anos eu decidi colocar uma faixa dourada na minha cabeça, do jeito que os hippies usavam, assim, só por querer. Quando cheguei no colégio a Karla, minha professora, me mandou tirar e receitou uma psicóloga à minha mãe. Disse que eu era ''faminta por atenção''.
Hoje, 6 anos depois, eu não sei se a Karla estava certa ou errada. A verdade é que sempre fui, ao menos, diferente. Quer dizer, quando eu tinha 11 anos, enquanto todos os meus amigos ouviam a trilha sonora de Malhação, eu chorava ao som de Beatles, me perguntando por que eu não tinha nascido antes.
Desde os 9 tenho a certeza absoluta do que quero fazer da minha vida, e como vou cons