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Rio Claro, São Paulo Brazil

Adjunct Professor

Esse homem, que se vê no espelho, decerto não sou eu. É antes uma farsa: - outra imagem que se perdeu. Essa caneta, com que escrevo, não é minha. Tampouco essa língua, com que falo. É, antes, uma outra escrita: - palavra que se adivinha. Decerto não são meus estes versos que, negros, cintilam no alvo: - universo. Não são minhas estas mãos que, trêmulas, compõem o poema. Não é meu este problema. Perdido entre o que sou e o que faço, sou, não sou: luto comigo. E em vão procuro, distingo o que em mim é perna, angústia, baço. (Psicografia, Simetria do Parto, myself; 2000, Editorial Cone Sul) Não gosto que falem alto, nem que calem, ou que digam qu