Eu sou uma pedra. E sou, como tantas outras pedras, testemunha da história. Por mim muita coisa passou, muita gente sentou e chorou, eu fui o descanso para muitos viajantes que por mim passaram e que, de certo modo, para sempre ficaram. Foi sobre minhas costas que a moça sentou e chorou, foi sob esse sol belo e constante que eu sempre existi. Sim, eu sou uma pedra, e não me faço diferente de tantas outras que enfeitam belÃssimos anéis, mas que por trás escondem falsas promessas de amor. Eu fui morada para muitos, fui muro, fui encosto, cheguei até a ser arma de mulher enciumada, e depois de tanto existir, vi que continuei a ser pedra, até mesmo quando rolei montanha abaixo, ali eu e