ºÝºÝߣshows by User: lucatoledo / http://www.slideshare.net/images/logo.gif ºÝºÝߣshows by User: lucatoledo / Thu, 12 Nov 2015 21:34:59 GMT ºÝºÝߣShare feed for ºÝºÝߣshows by User: lucatoledo cartilha-w3cbr-acessibilidade-web-fasciculo-I https://pt.slideshare.net/slideshow/cartilhaw3cbracessibilidadewebfasciculoi/55057850 f277c0d6-7617-4954-af7c-2f1773638a1c-151112213459-lva1-app6892
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Thu, 12 Nov 2015 21:34:59 GMT https://pt.slideshare.net/slideshow/cartilhaw3cbracessibilidadewebfasciculoi/55057850 lucatoledo@slideshare.net(lucatoledo) cartilha-w3cbr-acessibilidade-web-fasciculo-I lucatoledo <img style="border:1px solid #C3E6D8;float:right;" alt="" src="https://cdn.slidesharecdn.com/ss_thumbnails/f277c0d6-7617-4954-af7c-2f1773638a1c-151112213459-lva1-app6892-thumbnail.jpg?width=120&amp;height=120&amp;fit=bounds" /><br>
from Luca Toledo
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Relatório Marco Civil - versão 20_nov_2012 https://pt.slideshare.net/slideshow/relatorio-marco-civilfinal20nov2012/27698588 relatoriomarcocivilfinal20nov201211-131029113138-phpapp01
Essa é a última versão valida do Relatório Marco Civil, versão do dia 20 de novembro, segundo assessoria do deputado Alessandro Molon.]]>

Essa é a última versão valida do Relatório Marco Civil, versão do dia 20 de novembro, segundo assessoria do deputado Alessandro Molon.]]>
Tue, 29 Oct 2013 11:31:38 GMT https://pt.slideshare.net/slideshow/relatorio-marco-civilfinal20nov2012/27698588 lucatoledo@slideshare.net(lucatoledo) Relatório Marco Civil - versão 20_nov_2012 lucatoledo Essa é a última versão valida do Relatório Marco Civil, versão do dia 20 de novembro, segundo assessoria do deputado Alessandro Molon. <img style="border:1px solid #C3E6D8;float:right;" alt="" src="https://cdn.slidesharecdn.com/ss_thumbnails/relatoriomarcocivilfinal20nov201211-131029113138-phpapp01-thumbnail.jpg?width=120&amp;height=120&amp;fit=bounds" /><br> Essa é a última versão valida do Relatório Marco Civil, versão do dia 20 de novembro, segundo assessoria do deputado Alessandro Molon.
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“Pós-Humanismo: as relações entre o humano e a técnica na época das redesâ€. Org. Massimo di Felicce e Mario Pireduu- Release do Livro https://pt.slideshare.net/slideshow/pshumanismo-as-relaes-entre-o-humano-e-a-tcnica-na-poca-das-redes-org-massimo-di-felicce-e-mario-pireduu-release-do-livro-4445194/4445194 releaselivropos-humanismo-100608170612-phpapp02
A cultura humanista encontra a sua origem no V século a.C. no pensamento socrático que, na leitura de Platão, desloca o interesse da filosofia da natureza (φυσις) para o humano, os seus problemas e a percepção de si mesmo – esta éuma mudança importante que encontrará novos argumentos e contribuições no século XV e que marcará profundamente o pensamento e a filosofia ocidental. Por humanismo se entende a virada histórica do olhar e do pensamento que, no século XV, criou – na Itália antes e, logo depois, na Europa inteira – um renovado interesse pelo humano que inspirou a re-leitura dos clássicos gregos a partir de uma concepção mais racional e materialista e, portanto, distante das categorias metafísicas medievais. Nesse período assistimos à difusão de uma cultura que direcionou os seus interesses sobre o homem e as suas atividades: a arte laica, livre e experimental, a política, o conhecimento e a razão cientifica começaram a tomar, na época, a forma moderna que se consolidou na Renascença, chegando até o Iluminismo e ao Século da Razão. A centralidade do humano e do seu ponto de vista sobre a natureza e o universo, tomou assim, aos poucos, dimensões universais, consolidando uma concepção antropocêntrica e difundindo o mito da autoformação do humano (antro-poiética). A imagem do homem vitruviano é o símbolo dessa concepção que fez do homem a medida de todas as coisas. O conjunto de inovações tecnológicas e comunicativas que se difunde em nossa contemporaneidade redefine e altera o nosso cotidiano e os nossos sentidos, mostrando-nos a inadequação e os limites dessa percepção histórica e nos obrigando a repensar o absolutismo do princípio de autoformação e autodeterminação do humano. Desde a medicina, a biologia, a economia, a política, até a comunicação, os elementos tecno-comunicativos nos permitem hoje o desenvolvimento de funções e atividades – anteriormente impossíveis – que são a evidência do surgimento de uma nova relação (não mais definível em termos instrumentais) entre o orgânico e o inorgânico, entre o sujeito e o território, e que está contribuindo de forma qualitativa para a redefinição da nossa condição humana. A abordagem de um pensamento além do humanismo torna-se necessária, não somente para a compreensão plena da nossa condição contemporânea, mas também para repensar, a partir de um ponto de vista histórico mais amplo, a relação entre o homem e o mundo ao seu redor. Afinal, provavelmente, a nossa condição jamais foi apenas humana. - O livro “Pós-Humanismo: as relações entre o humano e a técnica na época das redes†foi organizado por Massimo Di Felice, sociólogo e doutor em Ciências da Comunicação pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo e Mario Pireddu formado em Ciências da Comunicação pela Università La Sapienza Di Roma e doutor em Teoria da Informação e da Comunicação.]]>

A cultura humanista encontra a sua origem no V século a.C. no pensamento socrático que, na leitura de Platão, desloca o interesse da filosofia da natureza (φυσις) para o humano, os seus problemas e a percepção de si mesmo – esta éuma mudança importante que encontrará novos argumentos e contribuições no século XV e que marcará profundamente o pensamento e a filosofia ocidental. Por humanismo se entende a virada histórica do olhar e do pensamento que, no século XV, criou – na Itália antes e, logo depois, na Europa inteira – um renovado interesse pelo humano que inspirou a re-leitura dos clássicos gregos a partir de uma concepção mais racional e materialista e, portanto, distante das categorias metafísicas medievais. Nesse período assistimos à difusão de uma cultura que direcionou os seus interesses sobre o homem e as suas atividades: a arte laica, livre e experimental, a política, o conhecimento e a razão cientifica começaram a tomar, na época, a forma moderna que se consolidou na Renascença, chegando até o Iluminismo e ao Século da Razão. A centralidade do humano e do seu ponto de vista sobre a natureza e o universo, tomou assim, aos poucos, dimensões universais, consolidando uma concepção antropocêntrica e difundindo o mito da autoformação do humano (antro-poiética). A imagem do homem vitruviano é o símbolo dessa concepção que fez do homem a medida de todas as coisas. O conjunto de inovações tecnológicas e comunicativas que se difunde em nossa contemporaneidade redefine e altera o nosso cotidiano e os nossos sentidos, mostrando-nos a inadequação e os limites dessa percepção histórica e nos obrigando a repensar o absolutismo do princípio de autoformação e autodeterminação do humano. Desde a medicina, a biologia, a economia, a política, até a comunicação, os elementos tecno-comunicativos nos permitem hoje o desenvolvimento de funções e atividades – anteriormente impossíveis – que são a evidência do surgimento de uma nova relação (não mais definível em termos instrumentais) entre o orgânico e o inorgânico, entre o sujeito e o território, e que está contribuindo de forma qualitativa para a redefinição da nossa condição humana. A abordagem de um pensamento além do humanismo torna-se necessária, não somente para a compreensão plena da nossa condição contemporânea, mas também para repensar, a partir de um ponto de vista histórico mais amplo, a relação entre o homem e o mundo ao seu redor. Afinal, provavelmente, a nossa condição jamais foi apenas humana. - O livro “Pós-Humanismo: as relações entre o humano e a técnica na época das redes†foi organizado por Massimo Di Felice, sociólogo e doutor em Ciências da Comunicação pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo e Mario Pireddu formado em Ciências da Comunicação pela Università La Sapienza Di Roma e doutor em Teoria da Informação e da Comunicação.]]>
Tue, 08 Jun 2010 17:05:15 GMT https://pt.slideshare.net/slideshow/pshumanismo-as-relaes-entre-o-humano-e-a-tcnica-na-poca-das-redes-org-massimo-di-felicce-e-mario-pireduu-release-do-livro-4445194/4445194 lucatoledo@slideshare.net(lucatoledo) “Pós-Humanismo: as relações entre o humano e a técnica na época das redesâ€. Org. Massimo di Felicce e Mario Pireduu- Release do Livro lucatoledo A cultura humanista encontra a sua origem no V século a.C. no pensamento socrático que, na leitura de Platão, desloca o interesse da filosofia da natureza (φυσις) para o humano, os seus problemas e a percepção de si mesmo – esta éuma mudança importante que encontrará novos argumentos e contribuições no século XV e que marcará profundamente o pensamento e a filosofia ocidental. Por humanismo se entende a virada histórica do olhar e do pensamento que, no século XV, criou – na Itália antes e, logo depois, na Europa inteira – um renovado interesse pelo humano que inspirou a re-leitura dos clássicos gregos a partir de uma concepção mais racional e materialista e, portanto, distante das categorias metafísicas medievais. Nesse período assistimos à difusão de uma cultura que direcionou os seus interesses sobre o homem e as suas atividades: a arte laica, livre e experimental, a política, o conhecimento e a razão cientifica começaram a tomar, na época, a forma moderna que se consolidou na Renascença, chegando até o Iluminismo e ao Século da Razão. A centralidade do humano e do seu ponto de vista sobre a natureza e o universo, tomou assim, aos poucos, dimensões universais, consolidando uma concepção antropocêntrica e difundindo o mito da autoformação do humano (antro-poiética). A imagem do homem vitruviano é o símbolo dessa concepção que fez do homem a medida de todas as coisas. O conjunto de inovações tecnológicas e comunicativas que se difunde em nossa contemporaneidade redefine e altera o nosso cotidiano e os nossos sentidos, mostrando-nos a inadequação e os limites dessa percepção histórica e nos obrigando a repensar o absolutismo do princípio de autoformação e autodeterminação do humano. Desde a medicina, a biologia, a economia, a política, até a comunicação, os elementos tecno-comunicativos nos permitem hoje o desenvolvimento de funções e atividades – anteriormente impossíveis – que são a evidência do surgimento de uma nova relação (não mais definível em termos instrumentais) entre o orgânico e o inorgânico, entre o sujeito e o território, e que está contribuindo de forma qualitativa para a redefinição da nossa condição humana. A abordagem de um pensamento além do humanismo torna-se necessária, não somente para a compreensão plena da nossa condição contemporânea, mas também para repensar, a partir de um ponto de vista histórico mais amplo, a relação entre o homem e o mundo ao seu redor. Afinal, provavelmente, a nossa condição jamais foi apenas humana. - O livro “Pós-Humanismo: as relações entre o humano e a técnica na época das redes†foi organizado por Massimo Di Felice, sociólogo e doutor em Ciências da Comunicação pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo e Mario Pireddu formado em Ciências da Comunicação pela Università La Sapienza Di Roma e doutor em Teoria da Informação e da Comunicação. <img style="border:1px solid #C3E6D8;float:right;" alt="" src="https://cdn.slidesharecdn.com/ss_thumbnails/releaselivropos-humanismo-100608170612-phpapp02-thumbnail.jpg?width=120&amp;height=120&amp;fit=bounds" /><br> A cultura humanista encontra a sua origem no V século a.C. no pensamento socrático que, na leitura de Platão, desloca o interesse da filosofia da natureza (φυσις) para o humano, os seus problemas e a percepção de si mesmo – esta éuma mudança importante que encontrará novos argumentos e contribuições no século XV e que marcará profundamente o pensamento e a filosofia ocidental. Por humanismo se entende a virada histórica do olhar e do pensamento que, no século XV, criou – na Itália antes e, logo depois, na Europa inteira – um renovado interesse pelo humano que inspirou a re-leitura dos clássicos gregos a partir de uma concepção mais racional e materialista e, portanto, distante das categorias metafísicas medievais. Nesse período assistimos à difusão de uma cultura que direcionou os seus interesses sobre o homem e as suas atividades: a arte laica, livre e experimental, a política, o conhecimento e a razão cientifica começaram a tomar, na época, a forma moderna que se consolidou na Renascença, chegando até o Iluminismo e ao Século da Razão. A centralidade do humano e do seu ponto de vista sobre a natureza e o universo, tomou assim, aos poucos, dimensões universais, consolidando uma concepção antropocêntrica e difundindo o mito da autoformação do humano (antro-poiética). A imagem do homem vitruviano é o símbolo dessa concepção que fez do homem a medida de todas as coisas. O conjunto de inovações tecnológicas e comunicativas que se difunde em nossa contemporaneidade redefine e altera o nosso cotidiano e os nossos sentidos, mostrando-nos a inadequação e os limites dessa percepção histórica e nos obrigando a repensar o absolutismo do princípio de autoformação e autodeterminação do humano. Desde a medicina, a biologia, a economia, a política, até a comunicação, os elementos tecno-comunicativos nos permitem hoje o desenvolvimento de funções e atividades – anteriormente impossíveis – que são a evidência do surgimento de uma nova relação (não mais definível em termos instrumentais) entre o orgânico e o inorgânico, entre o sujeito e o território, e que está contribuindo de forma qualitativa para a redefinição da nossa condição humana. A abordagem de um pensamento além do humanismo torna-se necessária, não somente para a compreensão plena da nossa condição contemporânea, mas também para repensar, a partir de um ponto de vista histórico mais amplo, a relação entre o homem e o mundo ao seu redor. Afinal, provavelmente, a nossa condição jamais foi apenas humana. - O livro “Pós-Humanismo: as relações entre o humano e a técnica na época das redes†foi organizado por Massimo Di Felice, sociólogo e doutor em Ciências da Comunicação pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo e Mario Pireddu formado em Ciências da Comunicação pela Università La Sapienza Di Roma e doutor em Teoria da Informação e da Comunicação.
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“Pós-Humanismo: as relações entre o humano e a técnica na época das redesâ€.Org. Massimo di Felicce e @Logudoro #release https://pt.slideshare.net/slideshow/pshumanismo-as-relaes-entre-o-humano-e-a-tcnica-na-poca-das-redes-org-massimo-di-felicce-e-mario-pireduu-release-do-livro/4445061 releaselivropos-humanismo-100608165214-phpapp01
A cultura humanista encontra a sua origem no V século a.C. no pensamento socrático que, na leitura de Platão, desloca o interesse da filosofia da natureza (φυσις) para o humano, os seus problemas e a percepção de si mesmo – esta éuma mudança importante que encontrará novos argumentos e contribuições no século XV e que marcará profundamente o pensamento e a filosofia ocidental. Por humanismo se entende a virada histórica do olhar e do pensamento que, no século XV, criou – na Itália antes e, logo depois, na Europa inteira – um renovado interesse pelo humano que inspirou a re-leitura dos clássicos gregos a partir de uma concepção mais racional e materialista e, portanto, distante das categorias metafísicas medievais. Nesse período assistimos à difusão de uma cultura que direcionou os seus interesses sobre o homem e as suas atividades: a arte laica, livre e experimental, a política, o conhecimento e a razão cientifica começaram a tomar, na época, a forma moderna que se consolidou na Renascença, chegando até o Iluminismo e ao Século da Razão. A centralidade do humano e do seu ponto de vista sobre a natureza e o universo, tomou assim, aos poucos, dimensões universais, consolidando uma concepção antropocêntrica e difundindo o mito da autoformação do humano (antro-poiética). A imagem do homem vitruviano é o símbolo dessa concepção que fez do homem a medida de todas as coisas. O conjunto de inovações tecnológicas e comunicativas que se difunde em nossa contemporaneidade redefine e altera o nosso cotidiano e os nossos sentidos, mostrando-nos a inadequação e os limites dessa percepção histórica e nos obrigando a repensar o absolutismo do princípio de autoformação e autodeterminação do humano. Desde a medicina, a biologia, a economia, a política, até a comunicação, os elementos tecno-comunicativos nos permitem hoje o desenvolvimento de funções e atividades – anteriormente impossíveis – que são a evidência do surgimento de uma nova relação (não mais definível em termos instrumentais) entre o orgânico e o inorgânico, entre o sujeito e o território, e que está contribuindo de forma qualitativa para a redefinição da nossa condição humana. A abordagem de um pensamento além do humanismo torna-se necessária, não somente para a compreensão plena da nossa condição contemporânea, mas também para repensar, a partir de um ponto de vista histórico mais amplo, a relação entre o homem e o mundo ao seu redor. Afinal, provavelmente, a nossa condição jamais foi apenas humana. - O livro “Pós-Humanismo: as relações entre o humano e a técnica na época das redes†foi organizado por Massimo Di Felice, sociólogo e doutor em Ciências da Comunicação pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo e Mario Pireddu formado em Ciências da Comunicação pela Università La Sapienza Di Roma e doutor em Teoria da Informação e da Comunicação.]]>

A cultura humanista encontra a sua origem no V século a.C. no pensamento socrático que, na leitura de Platão, desloca o interesse da filosofia da natureza (φυσις) para o humano, os seus problemas e a percepção de si mesmo – esta éuma mudança importante que encontrará novos argumentos e contribuições no século XV e que marcará profundamente o pensamento e a filosofia ocidental. Por humanismo se entende a virada histórica do olhar e do pensamento que, no século XV, criou – na Itália antes e, logo depois, na Europa inteira – um renovado interesse pelo humano que inspirou a re-leitura dos clássicos gregos a partir de uma concepção mais racional e materialista e, portanto, distante das categorias metafísicas medievais. Nesse período assistimos à difusão de uma cultura que direcionou os seus interesses sobre o homem e as suas atividades: a arte laica, livre e experimental, a política, o conhecimento e a razão cientifica começaram a tomar, na época, a forma moderna que se consolidou na Renascença, chegando até o Iluminismo e ao Século da Razão. A centralidade do humano e do seu ponto de vista sobre a natureza e o universo, tomou assim, aos poucos, dimensões universais, consolidando uma concepção antropocêntrica e difundindo o mito da autoformação do humano (antro-poiética). A imagem do homem vitruviano é o símbolo dessa concepção que fez do homem a medida de todas as coisas. O conjunto de inovações tecnológicas e comunicativas que se difunde em nossa contemporaneidade redefine e altera o nosso cotidiano e os nossos sentidos, mostrando-nos a inadequação e os limites dessa percepção histórica e nos obrigando a repensar o absolutismo do princípio de autoformação e autodeterminação do humano. Desde a medicina, a biologia, a economia, a política, até a comunicação, os elementos tecno-comunicativos nos permitem hoje o desenvolvimento de funções e atividades – anteriormente impossíveis – que são a evidência do surgimento de uma nova relação (não mais definível em termos instrumentais) entre o orgânico e o inorgânico, entre o sujeito e o território, e que está contribuindo de forma qualitativa para a redefinição da nossa condição humana. A abordagem de um pensamento além do humanismo torna-se necessária, não somente para a compreensão plena da nossa condição contemporânea, mas também para repensar, a partir de um ponto de vista histórico mais amplo, a relação entre o homem e o mundo ao seu redor. Afinal, provavelmente, a nossa condição jamais foi apenas humana. - O livro “Pós-Humanismo: as relações entre o humano e a técnica na época das redes†foi organizado por Massimo Di Felice, sociólogo e doutor em Ciências da Comunicação pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo e Mario Pireddu formado em Ciências da Comunicação pela Università La Sapienza Di Roma e doutor em Teoria da Informação e da Comunicação.]]>
Tue, 08 Jun 2010 16:51:58 GMT https://pt.slideshare.net/slideshow/pshumanismo-as-relaes-entre-o-humano-e-a-tcnica-na-poca-das-redes-org-massimo-di-felicce-e-mario-pireduu-release-do-livro/4445061 lucatoledo@slideshare.net(lucatoledo) “Pós-Humanismo: as relações entre o humano e a técnica na época das redesâ€.Org. Massimo di Felicce e @Logudoro #release lucatoledo A cultura humanista encontra a sua origem no V século a.C. no pensamento socrático que, na leitura de Platão, desloca o interesse da filosofia da natureza (φυσις) para o humano, os seus problemas e a percepção de si mesmo – esta éuma mudança importante que encontrará novos argumentos e contribuições no século XV e que marcará profundamente o pensamento e a filosofia ocidental. Por humanismo se entende a virada histórica do olhar e do pensamento que, no século XV, criou – na Itália antes e, logo depois, na Europa inteira – um renovado interesse pelo humano que inspirou a re-leitura dos clássicos gregos a partir de uma concepção mais racional e materialista e, portanto, distante das categorias metafísicas medievais. Nesse período assistimos à difusão de uma cultura que direcionou os seus interesses sobre o homem e as suas atividades: a arte laica, livre e experimental, a política, o conhecimento e a razão cientifica começaram a tomar, na época, a forma moderna que se consolidou na Renascença, chegando até o Iluminismo e ao Século da Razão. A centralidade do humano e do seu ponto de vista sobre a natureza e o universo, tomou assim, aos poucos, dimensões universais, consolidando uma concepção antropocêntrica e difundindo o mito da autoformação do humano (antro-poiética). A imagem do homem vitruviano é o símbolo dessa concepção que fez do homem a medida de todas as coisas. O conjunto de inovações tecnológicas e comunicativas que se difunde em nossa contemporaneidade redefine e altera o nosso cotidiano e os nossos sentidos, mostrando-nos a inadequação e os limites dessa percepção histórica e nos obrigando a repensar o absolutismo do princípio de autoformação e autodeterminação do humano. Desde a medicina, a biologia, a economia, a política, até a comunicação, os elementos tecno-comunicativos nos permitem hoje o desenvolvimento de funções e atividades – anteriormente impossíveis – que são a evidência do surgimento de uma nova relação (não mais definível em termos instrumentais) entre o orgânico e o inorgânico, entre o sujeito e o território, e que está contribuindo de forma qualitativa para a redefinição da nossa condição humana. A abordagem de um pensamento além do humanismo torna-se necessária, não somente para a compreensão plena da nossa condição contemporânea, mas também para repensar, a partir de um ponto de vista histórico mais amplo, a relação entre o homem e o mundo ao seu redor. Afinal, provavelmente, a nossa condição jamais foi apenas humana. - O livro “Pós-Humanismo: as relações entre o humano e a técnica na época das redes†foi organizado por Massimo Di Felice, sociólogo e doutor em Ciências da Comunicação pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo e Mario Pireddu formado em Ciências da Comunicação pela Università La Sapienza Di Roma e doutor em Teoria da Informação e da Comunicação. <img style="border:1px solid #C3E6D8;float:right;" alt="" src="https://cdn.slidesharecdn.com/ss_thumbnails/releaselivropos-humanismo-100608165214-phpapp01-thumbnail.jpg?width=120&amp;height=120&amp;fit=bounds" /><br> A cultura humanista encontra a sua origem no V século a.C. no pensamento socrático que, na leitura de Platão, desloca o interesse da filosofia da natureza (φυσις) para o humano, os seus problemas e a percepção de si mesmo – esta éuma mudança importante que encontrará novos argumentos e contribuições no século XV e que marcará profundamente o pensamento e a filosofia ocidental. Por humanismo se entende a virada histórica do olhar e do pensamento que, no século XV, criou – na Itália antes e, logo depois, na Europa inteira – um renovado interesse pelo humano que inspirou a re-leitura dos clássicos gregos a partir de uma concepção mais racional e materialista e, portanto, distante das categorias metafísicas medievais. Nesse período assistimos à difusão de uma cultura que direcionou os seus interesses sobre o homem e as suas atividades: a arte laica, livre e experimental, a política, o conhecimento e a razão cientifica começaram a tomar, na época, a forma moderna que se consolidou na Renascença, chegando até o Iluminismo e ao Século da Razão. A centralidade do humano e do seu ponto de vista sobre a natureza e o universo, tomou assim, aos poucos, dimensões universais, consolidando uma concepção antropocêntrica e difundindo o mito da autoformação do humano (antro-poiética). A imagem do homem vitruviano é o símbolo dessa concepção que fez do homem a medida de todas as coisas. O conjunto de inovações tecnológicas e comunicativas que se difunde em nossa contemporaneidade redefine e altera o nosso cotidiano e os nossos sentidos, mostrando-nos a inadequação e os limites dessa percepção histórica e nos obrigando a repensar o absolutismo do princípio de autoformação e autodeterminação do humano. Desde a medicina, a biologia, a economia, a política, até a comunicação, os elementos tecno-comunicativos nos permitem hoje o desenvolvimento de funções e atividades – anteriormente impossíveis – que são a evidência do surgimento de uma nova relação (não mais definível em termos instrumentais) entre o orgânico e o inorgânico, entre o sujeito e o território, e que está contribuindo de forma qualitativa para a redefinição da nossa condição humana. 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