No brilho da noite, por entre as estrelas
vaga minhas queixas e sonhos dourados
vertem-se revoltas e gritos calados
nasce esperança de vidas primeiras
Perdidos no tempo os desejos tombados
selam-se no escuro de profundez derradeira
tingim-se de zelo dos amores roubados
perdidos fies em pontadas faceiras
Terrivelmente sós, amantes e amados
olhando pra vida pela porta do escuro
imaginando-se livres de desejos guardados
Sentindo-se vivo no outro lado do muro
corpos surrados, perpetuamente revoltados
tomados de lembranças do único amor puro