Evite meu amor. Sou muito inconstante. Pretérito mal conjugado, futuro mal planejado e presente em linhas tortas; tenho um rosto que já não reconheço e habito uma casca que já não me serve. Com um fio de alma preso à tristeza e um pé na poesia, sou o clichê mais estranho que perambula por aÃ, embora tenha nascido mistério e floresça enigma (dou-te a misericórdia do imaginar e tentar compreender). Inconformada com a inércia e revoltada com não sei o quê. Colecionadora de palavras; amante dos amantes; à procura de asas e da cura para a dormência da saudade. Evite meu amor, por favor. Eu cobro caro em troca. Sou, assumidamente, uma viciada em solidão, mas quando me emergem de