Dobro meu pescoço na ânsia de que meus olhos lambam as estrelas.
Quantas eras de homens viram o que eu vejo - o Cruzeiro do Sul - com o suor da esperança escorrendo pelas frontes.
Ai meus pés nesta terra, cravejados de vazios clandestinos. Quem sou eu se meu rosto é a promessa da autofagia que me retorce as costelas. Como posso ser a vida inteira um espasmo de uma coisa que nunca chega ao fim?
E as palavras como enguias intumescidas e viscosas me saem pela boca no desastre de um amor que nunca se realizou, é apenas a lembrança de um tempo naufrago.Tutano de esperança, esperança que navegou dos Açores, de povo antigo que mastiga a sobrevivência com os caninos. Enquanto há sang