“Era uma vez um planeta mecânico. Lógico, onde ninguém tinha dúvidas. Havia nome pra tudo e para tudo uma explicação, até o pôr-do-sol sobre o mar era um gráfico.
Adivinhar o futuro não era coisa de mágico, era um hábito burocrático, sempre igual. Explicar emoções não era coisa ridÃcula. Havia crÃticos e métodos práticos. Cá pra nós, tudo era muito chato, era tudo tão sensato, difÃcil de aguentar. Todos nós sabÃamos de cor como tudo começou e como iria terminar.
Mas de uma hora pra outra tudo que era tão sólido desabou, no final de um século. Raios de sol na madrugada de um sábado radical foi a pá de cal.
Não sei mais de onde foi que eu vim, por que