PRELUDIO...
ONDE ANTES ERA VERDE, HOJE SÓ SE VÊ CINZAS, DESTRUIRAM AS MATAS E AS CAMPINAS, EM MEIO AS CINZAS UM MENINO BRINCA...
SEM MATA, COM SEDE, SEM PASSARO, SEM ONÇA PINTADA, SEM MICO-LEÃO, SEM BICHO-PREGUIÇA, SÓ DESERTO ONDE ANTES HAVIA VIDA. EM MEIO AS CINZAS ENCONTRA UM VELHO LIVRO, CHEIO DE ARVORES, RIOS E BICHOS...
AS ARVORES, OS RIOS, OS BICHOS, NÃO PASSAM DE FIGURAS EXTINTAS, SEM VIDA, NAS PAGINAS DE UM VELHO LIVRO, TUDO QUE RESTOU, IMAGENS QUE O TEMPO NÃO APAGOU...
E NÓS, QUE JULGAVAMOS OS ANIMAIS, COMO SENDO IRRACIONAIS, QUANDO NA VERDADE O TEMPO TODO IRRACIONAIS ERAMOS NÓS, TAPAMOS NOSSOS OUVIDOS E FECHAMOS NOSSOS OLHOS, QUANDO A NATUREZA GRITAVA EM AGONIA, NÃO