"Tempo voraz, ao leão cegas as garras
E Ã terra fazes devorar seus genes;
Ao tigre as presas hórridas desgarras
E ardes no próprio sangue a eterna fênix.
Pelo caminho vão teus pés ligeiros
Alegres, tristes estações deixando;
Impões-te ao mundo e aos gozos passageiros,
Mas proÃbo-te um crime mais nefando:
De meu amor não vinques o semblante
Nem nele imprimas o teu traço duro.
Oh! Permite que intacto siga avante
Como padrão do belo no futuro.
Ou antes, velho Tempo, sê perverso:
Pois jovem sempre há de o manter meu verso." (W. Shakespeare)
"Da maciez de uma esponja molhada até à dureza de uma pedra-pomes, existem infinitas nuances. Eis o homem."
(Honoré de Balzac)