Esperei milhas e metros e galões e jardas de vida no parapeito da minha’lma.
Meu cais perdurou vazio por anos e anos, a água molhou metros de planos e os batuques se aposentaram no fim da melodia vital.
Eras passaram pelos meus olhos e continuei olhando fixamente para o horizonte distante e fugaz.
Planetas, vÃcios, oráculos, putas, monges, vaga-lumes, profetas, treponemas, entidades, sociedades e maldades tentaram me habitar enquanto estive intacto em meu transe secular, mas permaneci viril dentro dos meus coeficientes de dilatação.
Todo o orgânico apodrecera e eu ainda estava ali para assistir ao fungo que consumia a matéria, ao óxido que comia o ferro.
Ainda acho