“Se desmonto meu EU pedaço a pedaço encontro sempre fragmentos que procedem de fora; podia colocar em cada um uma etiqueta de origem. Isto é de minha mãe, isso é de meu primeiro amigo, isso é de Emerson, isto do Rousseau, isto é de Stirner.
Se realizo a fundo o inventario destas apropriações, o EU se me converte em uma forma vazia, em uma palavra sem sentido próprio. Pertence a uma classe, a um povo, a uma raça; não consigo nunca evadir-me, faça o que fizer, de certos limites que não foram traçados por mim.
Cada ideia é um eco, cada ato um plágio. Posso tirar os homens da minha presença, mas uma grande parte deles continuará vivendo, invisível, na minha Solidão.”
(G
“Se desmonto meu EU pedaço a pedaço encontro sempre fragmentos que procedem de fora; podia colocar em cada um uma etiqueta de origem. Isto é de minha mãe, isso é de meu primeiro amigo, isso é de Emerson, isto do Rousseau, isto é de Stirner.
Se realizo a fundo o inventario destas apropriações, o EU se me converte em uma forma vazia, em uma palavra sem sentido próprio. Pertence a uma classe, a um povo, a uma raça; não consigo nunca evadir-me, faça o que fizer, de certos limites que não foram traçados por mim.
Cada ideia é um eco, cada ato um plágio. Posso tirar os homens da minha presença, mas uma grande parte deles continuará vivendo, invisível, na minha Solidão.”
(G