Sou subliminar. Sozinha, perdida no mundo e dentro de si, como já dizia V. de Moraes.
(poema de Adão Flehr para mim)
RETRATO DA ARTISTA QUANDO JOVEM
E as horas
dançavam altas, esguias,
com ritmo e maestria
e embaladas pendiam do colo
da madrugada
E os desejos num frêmito,
e as frustrações num vômito,
confundiam-se com as badaladas
trôpegas do relógio na noite
desnudada
Eis a escuridão,
mãe de todos os escondedouros,
que revela, numa centelha Ãnfima,
emolduradas de luz,
duas órbitas enluaradas...
E os olhos,
oh, os olhos!
irrompiam brilhantes, pérolas
castanhas e hipnóticas
a mirarem com sofreguidão
- e decisão - para o futuro
E o futu