Tinha mãos e os olhos inquietos. Suava frio quando ficava nervosa. A ansiedade lhe tomava conta em todos os momentos. Mordia o canto da boca, uma de suas manias que acompanhava desde a infância. Estralava os dedos com frequência, mexia os pés incansavelmente. Não conseguia se concentrar, era péssima em matemática, por isso adorava palavras, frases feitas, sentimentos escritos. Era ótima em escrever o que não conseguia dizer. Era impossÃvel fixar os olhos em um lugar, permanecer no lugar. Tinha sede de mudanças, de pessoas diferentes, de lugares diferentes, de músicas, de livros, de sorrisos. Mas eram sempre as mesmas coisas, nada acontecia. Tentava se libertar de alguma forma, de