É dito me que tenho a alma de um poeta, e é verdade, já que tenho várias delas. Pelos anos tenho recolhido as almas de poetas, padres, imperadores, mendigos, escravos, filósofos, criminosos e (naturalmente) heróis; não há alma que escape. Mas o que é feito com elas ninguém sabe. Ninguém nunca espiou no Abismo. Eu as devoro, uma atrás da outra? Monto nelas pelos corredores de um templo sobrenatural ou conservo-as em uma salmoura necromântica? Sou um mero fantoche, jogado pela fenda dimensional por um controlador demonÃaco? Tão grande é o meu mal, tão intensa a minha aura de escuridão, que nenhuma mente racional deve penetrá-la. Claro, se você realmente deseja saber para on