Sinto-me só, sem brio,
De cabeça levantada só mesmo não estando sóbrio/
É verão e mesmo assim estou com frio,
sem tesão na estação que devia estar com o cio/
Não me interpretes mal, e vontade de acordar,
para a vida que me valoriza sem eu a valorizar/
dando desculpas esfarrapadas para me safar,
esqueço de que quem perde sou eu se não me controlar/
Sinto que estou a nadar sem braços contra a maré,
era tão fácil desistir e ser levado até/
bater contra uma rocha ficar naufragado mas é,
cobardia demais, facilidade demais/
toda a gente que me valoriza diz que eu tenho os sais,
apenas não estão à vista, falta torna-los reais/
mas quem me dera que as coisas fossem tão fáceis