Tenho meu grito de guerra
Meu cavalo Valentia
Tenho metade da terra
Tenho a noite tenho o dia
Tenho a vida em minha mão
Tenho a minha solidão
Do embornal tiro risos
No guampo bebo alegria
Nesta metade em que piso
Sairei ao novo dia
Vou andar de déu em déu
Na terra como no céu
Em cima do meu cavalo
Debaixo do meu chapéu
Quem monta as coisas sou eu
Por mais que a vida me aperte
Qualquer paixão me diverte
Da vida não digo adeus
E para deixar de ser homem
Já passo logo a ser Deus
Quando parti do meu lado
Nas aleluias do dia
Tinha o tempo creditado
Pra gastar como queria
Era rico como um danado
Não dou conta o que possuia
Tinha a negrura da noite
E a claridade do dia
Tinha um cavalo ca