Ando sempre em preparativos.
Troco coisas e idéias.
Alguns me ajudam, servem-se também de mim.
Meu medo é a interrupção dessa busca por colapso de entusiasmo ou pela aparição fácil do objeto.
Vivo assim, amontoando, renovando, corrigindo, experimentando, caindo e me aprumando. Assim não chegará jamais o dia da minha inauguração. Pois o meu pavor é a viagem concluÃda, a coisa acabada...
Consumimos o melhor tempo da vida a apalpar o terreno, reunir dados, instalar sondas, armar os aparelhos, ajuntar material. Tudo para começarmos a viver. Quando se aproxima o dia da prova – que dia? que prova? – nossas armas estão caducas, o celeiro apodrecido. Vem-nos então a revolta co