"Olhe para o mar no dia mais ensolarado de todos os verões e verá, na turba em festa, o colorido das pranchas dos surfistas, o dourado do corpo das meninas, verá castelos de areia, velas pequenas de veleiros, poesia na boca dos poetas e, se olhar além, verá também que, na paisagem multicor, existe um navio mercante pousado na linha distante que separa o céu do mar... mas olhe você agora; olhe para o mar no dia mais tenebroso do mais rigoroso inverno... não verá mais os surfistas, nem o dourado do corpo das meninas, verá os castelos demolidos pelo vento. Verá que não há mais velas pequenas e que os poetas já se foram... mas olhe além, lá está ele, como sempre esteve, como se