Que a força do medo que tenho
Não me impeça de ver o que anseio
Que a música que ouço ao longe
Seja linda ainda que tristeza
Porque metade de mim é partida
Mas a outra metade é saudade.
Que as palavras que eu falo
Não sejam ouvidas como prece e nem repetidas com fervor
Apenas respeitadas
Porque metade de mim é o que ouço
Mas a outra metade é o que calo.
Que o medo da solidão se afaste, e que o convÃvio comigo mesmo se torne ao menos suportável.
Que o espelho reflita em meu rosto um doce sorriso
Que eu me lembro ter dado na infância
Por que metade de mim é a lembrança do que fui
A outra metade eu não sei.
Que não seja preciso mais do que uma simp