Sou, às vezes, como um rio, mero objeto de fluxos, de processos, de relações que passam por mim, que têm em mim um ponto de apoio, mas às vezes sorrio porque posso burlar estes processos, estas determinações, estas estruturas, posso negá-las, a elas resistir, com elas me divertir e divergir, muitas vezes com um simples sorriso de ironia.
Sou disciplina e antidisciplina, determinação e liberdade, estratégia e tática, astúcia e angústia. Às vezes sigo o (dis) curso, às vezes saio das margens, transbordo, alago, arrasto em meu caminho outras formas organizadas e as transformo em novas formas, e ambas compõem o meu existir de rio. Às vezes objetivado, às vezes sujeitado,