Fome! E, na ânsia voraz que, ávida, aumenta,
Receando outras mandÃbulas a esbangem,
Os dentes antropófagos que rangem,
Antes da refeição sanguinolenta!
Amor! E a satirÃase sedenta,
Rugindo, enquanto as almas se confrangem,
Todas as danações sexuais que abrangem
A apolÃnica besta famulenta!
Ambos assim, tragando a ambiência vasta,
No desembestamento que os arrasta, SuperexcitadÃssimos. os dois
Representam. no ardor dos seus assomos
A alegoria do que outrora fomos
E a imagem bronca do que inda hoje sois!
(Augusto dos Anjos)