Tenho um instinto só meu. Gosto de viver assim, sem limites, fazendo a vida se moldar em mim. Brinco com o tempo, contrariando sua exatidão. Nada pode ser sério demais. Sigo os ponteiros do meu coração. Sou de um jeito exagerado, sou o espanto por não ter na fala a pausa precisa. Sou beija-flor arisco, que arrisca, à espera da flor mais bela. Sou a cada minuto, a sugestão de um momento. Sou sentimento, apego, carinho, a falta. Por quanto tempo eu viver, seguirei achando que ainda não amei o suficiente. Sou só eu mesmo a todo instante.