Meus lábios, que eu sei que estão pálidos, sabem um ao outro a não quererem ter vida. Não sei que óleos de penumbra ungem a nossa ideia do nosso corpo. O cansaço que temos é a sombra de um cansaço. Vemos de muito longe, como a nossa ideia de haver a nossa vida. . .
Nenhum de nós tem nome ou existência plausÃvel. Se pudéssemos ser ruidosos ao ponto de nos imaginarmos rindo, rirÃamos sem dúvida de nos imaginarmos vivos. O frescor aquecido dos lenços acaricia-nos (a ti como a mim decerto) os pés que se sentem, um ao outro nus. E assim como ela era duas — de realidade que era, e ilusão — assim éramos nós obscuramente dois, nenhum de nós sabendo bem se o outro não era el